Sertã
Convento da Sertã Hotel
Originariamente, concebido como convento
franciscano, foi a 20 de outubro de 1634, que D. Fernando, Grão
Prior do Priorado do Crato, deu autorização à sua edificação,
situando-se, por decisão da Câmara Municipal, no lugar da Várzea
Grande, junto à zona da Carvalha.
A primeira pedra foi lançada
no ano seguinte, no dia 8 de julho, sendo os grandes
impulsionadores da obra Frei Hierónimo de Jesus (natural de Viana
do Castelo) e Frei Cristóvão de S. Joseph (natural da Sertã) que,
enquanto o convento era construído, residiram numas pequenas casas
pertencentes à Ermida de São Sebastião (situada nas
imediações).
A sua existência deve-se, não
só, à vontade da população sertaginense, mas também à Câmara
Municipal e à Misericórdia da Sertã.
Quando o convento se
encontrou em situação habitável, para lá mudaram os primeiros
frades, quatro no total. A igreja terá sido concluída entre 1643 e
1645, ao passo que o claustro começou a ser construído por volta de
1659.
Ao longo dos seus quase 200
anos de vida como convento, conheceu um total de 27 provinciais e
42 guardiães, além de um número indeterminado de religiosos, que
por ali passaram.
Com a lei da extinção das
Ordens Religiosas, publicada em 1834, o convento viria a
ser extinto e alguns dos seus bens foram arrematados em hasta
pública.
O edifício foi depois doado a
Carlos de Mascarenhas, como meio de pagamento pelos serviços
prestados enquanto Governador Civil de Portalegre. Este legou-o,
mais tarde, ao seu tio materno, Simão de Mascarenhas, que o deixou
a Romão Luís de Mascarenhas Pimenta. A sua sobrinha Maria
Clementina Relvas viria depois a assumir a posse do convento, tendo
chegado a residir no local em 1892.
Quando em 1917 se deu o
incêndio no edifício dos Paços do Concelho, a proprietária vendeu
parte do convento à Câmara Municipal, instalando-se aí a Guarda
Nacional Republicana (GNR). Mais tarde o resto do edifício, com a
respetiva cerca, foi comprado pela autarquia local.
Coordenadas GPS:
N 39º
48'03.60"
W 8º
05'59.56"